sábado, 19 de setembro de 2009

A ORAÇÃO DE HITLER

O poema número três de Jó parece dizer mais do que uma poesia de lamentos típica do escrito judaico; mergulha no tempo como a um oráculo e, espetacularmente, alcança um infame personagem da História do século XX: Adolf Hitler.

É como se Hitler estivesse, neste momento, do inferno, gritando a seguinte oração:

“Morra o dia do meu nascimento e a noite em que se disse: ‘Nasceu um menino!’
Transforme-se aquele dia em escuridão e Deus, lá do alto não se importe com ele; não resplandeça a luz sobre ele.
Chamem-no de volta às trevas e a mais densa morte sombria.
Coloque-se uma nuvem sobre ele e o breu aterrorize a sua luz.
Apoderem-se daquela noite pesadas trevas!
Não seja ela incluída entre os dias do ano, também não faça parte de nenhum dos meses.
Ah! Que solitária seja aquela noite e nela suave música não se ouça.
Por que não morri ao nascer, e não pereci quando saí do ventre?
Por que houve colo para me acalentar e seios para me amamentarem?
Agora eu bem poderia estar deitado em paz e achar repouso junto aos governantes da terra que construíram para eles bunkers que agora jazem em ruínas, com governantes que possuíam ouro... Que enchiam os seus depósitos de prata...
Por que não me sepultaram como criança abortada, como um bebê que nunca viu a luz do dia?
Ali os homens nefastos já não se agitam mais e ali os cansados permanecem em repouso; os que estão aprisionados desfrutam de algum sossego, já não ouvem mais os gritos do feitor de escravos... Os fracos e os poderosos ali estão e o escravo estaria livre do seu senhor.
Por que se dá luz aos tristes e vida aos de alma amargurada, aos que anseiam pela morte de verdade e esta não vem...?
Por que se dá vida àquele cujo caminho é escondido, e a quem fechou as saídas?
É certo que me vêm suspiros em vez de comida; meus gemidos transbordam como água.
O que eu temia veio sobre mim; o que eu receava me aconteceu.
Não tenho paz.
Nem tranqüilidade.
Nem descanso.
Somente inquietação”.


No Brasil de ontem e hoje políticos entronizados nos mais ardilosos meandros da corrupção forram-se em deleites à custa de uma nação débil moral e intelectual. O deleite advém, sobretudo, da ilusão de ausência de prestação de contas. Políticos brasileiros, verdadeiros oligarcas da infâmia no país, que são vencidos apenas pela morte e, quando se vão tardiamente, deixam atrás de si rastros de exploração, miséria, doença, morte e décadas de atraso principalmente às regiões que os elegeram. Se o poder seduz, a brevidade da vida propicia-lhes a força motriz necessária a tornar terra cresta tudo e a todos. Não pensam e nem se importam com a prestação de contas que terão de dar perante aquele cujas coisas encobertas são transparentes como a água da chuva.

Eli-Ezer-Emess.

A GLOBONEWS, O REVISONISMO DE ILAN PAPPE E A SUA “POLÍTICA DE LIMPEZA ÉTNICA DO POVO ÁRABE PALESTINO PROMOVIDA POR ISRAEL”.

É sempre assim: toda vez que Israel reage àqueles que o atacam ou que põem em risco a sua existência como Estado; parte da mídia tende a tratá-lo como espécie de “inimigo público número um” no Oriente Médio.

Deu no programa “Milênio”, dia 05/01/2009 (época em que Israel incursionava em Gaza) e foi reprisada no dia seguinte exaustivamente pelo Canal Globonews a entrevista com o historiador revisionista judeu Ilan Pappe tomada pelo repórter da Rede Globo Silio Boccanera.

O israelense Ilan Pappe pertence à safra dos “novos historiadores”, turma que se propõe rever fatos históricos, no mais das vezes, atribuindo a tais acontecimentos a pecha de “falsos” ou “manipulados”, propondo revisionar os fatos sob a sua ótica ideológica de esquerda.
Ilan Pappe não foge à regra e segundo o seu livro “The Ethnic Cleansing of Palestine” (A Limpeza Étnica da Palestina), o povo judeu – pelo sionismo, antes mesmo da fundação do Estado de Israel em 1.948 – vem promovendo uma limpeza étnica do povo árabe na palestina, inclusive por meio de guerras.
A chamada da “Globonews” anunciava a entrevista fazendo menção à referida obra de Ilan Pappe segundo a qual “ajuda a entender os recentes acontecimentos na faixa de Gaza”.
Pois bem.
Muito conveniente essa reprise da entrevista com o marxista israelense Ilan Pappe em um momento em que Israel incursionava em Gaza – conveniente, é claro, para os padrões de um jornalismo tendente a manipular a opinião pública.
Nessa senda, irônico é o fato de Karl Marx, também de ascendência judaica, depois de defecar o comunismo, aduzir que o fez para se vingar de Deus e do seu povo (mais conhecido como povo de Israel). Com efeito, servindo ao propósito de o seu ideal, o comunismo exterminou, em todo o mundo, mais de duzentos milhões de vidas humanas! Ilan Pappe, como político do partido comunista israelense - Hadash, não conseguiu introduzir, nos anos 90, o marxismo em Israel – fato que o frustrou a ponto da psiquiatria e, agora, procura vingar-se de Israel e do seu Deus por meio de burlesca ideologia conhecida como “revisionismo” – ala excêntrica esquerdista que se propõe a “desmistificar” fatos históricos e reinventá-los, ou melhor: interpretá-los a seu bel prazer, é claro.
Ideologia esquerdista? “Sim senhore, positone”.
Eis ai o venezuelano Hugo Chaves e a revisão (reinvenção) da história da América Latina pelo tal
bolivarismo!
Mas, é tão distorcido e contraditório o revisionismo do marxista judeu Ilan Pappe que ele não foi capaz de explicar na entrevista que concedeu a Globo como é que a população ÁRABE ISRAELENSE sói cresce no estado de Israel: árabes comerciantes; árabes padeiros, árabes joalheiros, árabes donas de casa, árabes professores, árabes cientistas, árabes músicos, árabes engenheiros, árabes advogados, árabes médicos, enfim e que convivem com o cidadão israelense judeu, harmoniosamente, dentro do território de Israel!
Ora, para quem (Israel) quer fazer e “sempre fez” “uma limpeza étnica” (da população árabe)
segundo o revisionismo de Ilan Peppe, muito estranho não é mesmo?
Aliás, reflexo dessa crendice absurda e risível do revisionismo foi visto no “Manhattan Connection” (GNT da rede Globo), ocasião em que o jornalista Lucas Mendes chegou ao cúmulo de ponderar se os mísseis qassam não seriam preparados e disparados pelo próprio mossad (serviço secreto israelense) contra o próprio territorio de Israel a fim de justificar o ataque na faixa de Gaza por motivos eleitoreiros... Tal disposição de torcer os fatos foi de pronto rechaçada pelos outros comentaristas, ainda bem para a história!
Só faltava essa!
Mas o revisionismo é isso aí, tão aberrante quanto à ideologia que o sustenta. Tendente a acreditar em papai Noel.
É preciso ser honesto e deixar de transferir a Israel uma responsabilidade que não é sua! O povo árabe palestino foi quem conduziu o Hamas ao governo de Gaza! Escolha do povo palestino! Ele próprio o fez! Se os palestinos desejam de verdade a paz, já passou da hora de promovê-la, não acha Willian Waack?
Este jornalista propôs-se a responder a questão do “o quê”, afinal, seria agir de forma proporcional por parte de Israel, já que a pregação da imprensa era a de que a IDF - Israel Defense Force estava usando força desproporcional em Gaza.
Pois bem. Se a saída em relação ao Hamas (que tem como fundamento de governo a extinção de Israel) não é a militar e sim a política, você não acha Willian, que o povo palestino, ele próprio, precisa lançar mão dela (política) diante do seu governo, o Hamas? É que transferir para Israel tal tarefa é mesmo muita leviandade.
Lamento a perda de vidas, inclusive de crianças palestinas. A cena daquelas cinco irmãs mortas é mesmo de fazer chorar e é, de fato, uma perda terrível e muito preocupante. Agora, o governo palestino do Hamas deveria prezar pela vida dos seus concidadãos e estes, por sua vez, verificarem que governo almejam.
Por outro lado, impensável minimizar os efeitos dos mísseis qassam sobre os israelenses!
Mas, retornando diretamente a Ilan Pappe, outra frente distorcida do revisionismo é o pacifismo.
Eu disse pacifismo e não o exercício da paz!
O exercício da paz e o pacifismo são coisas antagônicas.

O pacifismo propõe o automartírio de uma nação pelo fato de ser mais forte do que a outra que lhe ataca! Coloca de joelhos o mais forte diante do mais fraco em nome de uma paz alijada, capenga.
Excêntrico e confuso, mas é isso mesmo que o pacifismo é!
Israel possui um povo organizado que ama estudar, que ama a liberdade, que trabalha e desenvolve tecnologia de ponta, e que por amar a paz desenvolveu poderosa tecnologia militar. Um povo que combate de verdade a corrupção.
Já o “fatah” palestino, corrupto, desvia as milionárias “ajudas” estrangeiras para o seu deleite pessoal, cujos membros residem em mansões, viajam para o exterior, mantém vultosas contas bancárias lá, desfilam em limusines em detrimento do seu povo que vive em estado de miserabilidade.
O Hamas, por sua vez, arma-se até os dentes, pouco se lixando para o pescoço de suas crianças e suas mulheres. Aliás, o seu líder morto pela aviação de guerra israelense, à época do conflito, Nizar Rayyan, confirma esse fato ao gerar filhos para incitá-los, covardemente (ele mesmo não ousou fazê-lo), a explodirem-se em meio a civis israelenses como homens bombas, caso que ocorreu com um dos seus filhos.
Mas eu não vejo a globonews trazer “especialistas” para falar dessa ideologia Hamas que é o considerado o “fraquinho” no conflito. Também nada diz a respeito dos “casamentos” entre marmanjos árabe-palestinos e menininhas de seis anos de idade e assim vai...
Então, Israel deveria ter sido colocado de joelhos por ser o mais forte e suportar os mísseis atirados contra si, afinal, como bem lembrado por Lucas Mendes tais mísseis acertam as pessoas só de vez em quando!
No Sudão vimos os pacifistas agitarem bandeiras brancas e o povo de Darfur dizimado cruelmente e ainda estão sendo. A imprensa? Que nada! Bandeiras brancas bem hasteadas!
Em 1993, na Somália, enquanto agitavam os pacifistas as suas bandeiras brancas, Mohamed Farrah Aidid ria e massacrava o povo com a sua milícia. Quando Clinton, enfim, resolveu agir militarmente, os pacifistas bradaram e hastearam as suas bandeiras brancas pedindo “um cessar fogo imediato” das tropas americanas...
Pera ai. Deixa-me entender: contra a agressão armada bandeiras brancas, é isso? As tropas americanas, melhores armadas, jamais poderiam insurgir-se contra a maltrapilha milícia de Aidid e o melhor a fazer seria acenar bandeiras brancas para ela não é; mantendo-se o estado caótico de coisas criado pela milícia?
Agora sim dá para entender o seqüestro da menina Eloá no Brasil: eliminar Lindemberg, como por diversas vezes teve a chance a polícia militar seria atentar contra o pacifismo; logo, o melhor mesmo foi deixar a garota morrer nas mãos do facínora, seu algoz, mantendo-se o estado caótico de coisas criado por ele mesmo.
Ah! E o sequestro daquele ônibus no Rio de Janeiro em que o bandido matou a refém – tem até filme brasileiro a respeito – exterminá-lo seria uma tremenda desumanidade, o certo mesmo foi manter o estado caótico de coisas criado pelo próprio marginal e a vítima seqüestrada pagou o pato, Certo? Certíssimo na visão do pacifismo!
Mas não é só.
Outro ponto de vista revisionista, bem atual, é o de atribuir à ofensiva israelense no sul do Líbano em 2006, como sendo “um fracasso total” a fim de desacreditar a operação militar em “Strip Gaza”. Contudo, depois do término da ofensiva contra o Hezbollah nunca mais ele lançou um misseozinho sequer no território israelense como vinha fazendo antes da ofensiva de 2006!
Pretender “revisionar” um passado distante vá lá, mas os fatos ocorridos no ano de 2006 são muito recentes para iniciar uma distorção!
Portanto, senhores da imprensa, não dá mesmo para induzir toda e qualquer opinião. Vão devagar. É horrível a guerra? Sim, é. A paz deve triunfar? Imediatamente.
Agora, tentar incutir a idéia de que os judeus querem proceder a uma limpeza étnica na palestina com base no revisionismo ressentido de Pappe é mesmo demais.
Eli-Ezer Emess

HEDONISMO. O SEU PREÇO.

O hedonismo tem por objetivo de vida o prazer pelo prazer. Tudo o que conta é a satisfação pessoal e nada mais. Não raramente, contudo, essa opção de vida traz inúmeras distorções de valores éticos e traumas psíquicos graves.
Um preço alto demais para quem se embrenha em seu devaneio concupiscente.
Para o hedonista o importante é “ser feliz” e tudo vale e vale tudo para sê-lo. O corpo de outrem passa a ser um brinquedo de satisfação e exploração pessoal, não importando a coisificação do ser. Resorts, clubes e bacanais sói crescem em razão de pessoas cada vez mais adeptas ao estilo de vida hedonista.
Mas, essa conduta individualista crescente e disseminada no mundo traz consigo um comprometimento sério do tecido social. Enfocam-se, aqui, alguns reflexos da conduta hedonista: o prazer pelo prazer em vez de humanizar relacionamentos, animaliza-os. Aliás, nunca se viu na história a atribuição de personalidade humana aos animais de estimação. Patético ver famosa "socialite" brasileira presentear com jóias, roupas de grife, dar festas de aniversário com direito a bolo de ração animal e velinhas aos seus cães de estimação. As comemorações natalinas sob o som de “jingle bells” estilo “ au, au, au au au au auauauau...” revelam em grau, número e gênero a perda do controle do velho e bom senso humano que o distingue dos seres irracionais.
Recentemente em uma cidadezinha do interior dos EUA, o corpo de bombeiros foi chamado para apagar um incêndio em um "trailer" de um casal que segurava afetuosamente e aliviado o seu cãozinho retirado às pressas das chamas, enquanto esqueciam o filho de quatro anos no seu quarto, lembrado depois de cinco minutos pelos pais ao serem indagados pelo bombeiro se havia mais alguém dentro daquele recinto que se consumia.
A resposta do hedonista vem na ponta da língua: “Se pago as minhas contas ninguém tem nada que ver com o que faço da minha vida”. Pois é. Tal filosofia faria algum sentido, vá lá, se o hedonista vivesse como a um ermitão em local isolado e remoto, longe da civilização. Porque enquanto viver em coletividade e o seu comportamento influenciar destrutivamente a outrem, pagar as suas contas é um somenos irrelevante e não o autoriza a fazer simplesmente o que bem entender! O consumo de drogas lícitas ou ilícitas segue por este mesmo iter. Adeus Michael Jackson.
A plastificação de valores de conteúdo tais como o amor, a compaixão, o altruísmo, a responsabilidade, a renúncia, a disciplina, a lealdade, é a segunda vertente do hedonismo que cobra, às últimas consequências, corpos “sarados” pela via das academias de musculação lotadas ou pela carne retaliada nas mesas de cirurgias estéticas. Famílias inteiras são relegadas a um plano inferior e de pouca importância frente à denominada realização pessoal. Na busca do prazer pelo prazer vale trapacear, dissimular enquanto filhos confusos se perdem ao virem os seus pais, pai ou mãe - jogarem fora uma vida de história conjunta por causa da realização de um prazer plastificado. “O que importa é ser feliz”, diz o hedonista.
Mas, “felicidade” a que preço? O vovô ou a vovó que busca um relacionamento com vinte e cinco, trinta, quarenta anos de diferença não se importa com a efemeridade natural desse tipo de relacionamento que certamente fracassará! Mesmo porque, a ficção mental que seduz o hedonista o cega para tudo o que é duradouro e no laboratório em que se transforma o seu corpo e o de outro não há limites para a diversificação de fórmulas e experimentos tresloucados. Por fim, a relativização de tudo e de todos é a premissa fundamental do hedonismo: “Certo ou errado, mas o que é isso?”.
A pedofilia avassala o mundo e já existe quem a defenda academicamente, até, como mais uma forma de realização pessoal, do prazer pelo prazer. E daí? E daí se o “parceiro” ou o “laboratório de experimentos orgasmagóricos” trata-se de uma criança que, aliás, pouca ou nenhuma noção tem de relação sexual! E daí? “O que vale mesmo é ser feliz” defende-se por reflexo o hedonista. Uma dança prazerosa de engano, engodo e destruição. Dançarinos de gélidos prazeres. É isso o que o hedonismo é. Parafraseando, assim como indagou a banda "The Killers" na música "human": “Somos humanos ou somos dançarinos? Meu sinal é vital, minhas mãos estão geladas. E estou de joelhos procurando a resposta. Somos humanos ou somos dançarinos?”
Compreende-se, agora, a oposição ferrenha de Cristo ao hedonismo nas seguintes palavras: “Quem achar a sua vida a perderá e quem a perder a encontrará”.
Eli–Ezer Emess