sábado, 19 de setembro de 2009

A GLOBONEWS, O REVISONISMO DE ILAN PAPPE E A SUA “POLÍTICA DE LIMPEZA ÉTNICA DO POVO ÁRABE PALESTINO PROMOVIDA POR ISRAEL”.

É sempre assim: toda vez que Israel reage àqueles que o atacam ou que põem em risco a sua existência como Estado; parte da mídia tende a tratá-lo como espécie de “inimigo público número um” no Oriente Médio.

Deu no programa “Milênio”, dia 05/01/2009 (época em que Israel incursionava em Gaza) e foi reprisada no dia seguinte exaustivamente pelo Canal Globonews a entrevista com o historiador revisionista judeu Ilan Pappe tomada pelo repórter da Rede Globo Silio Boccanera.

O israelense Ilan Pappe pertence à safra dos “novos historiadores”, turma que se propõe rever fatos históricos, no mais das vezes, atribuindo a tais acontecimentos a pecha de “falsos” ou “manipulados”, propondo revisionar os fatos sob a sua ótica ideológica de esquerda.
Ilan Pappe não foge à regra e segundo o seu livro “The Ethnic Cleansing of Palestine” (A Limpeza Étnica da Palestina), o povo judeu – pelo sionismo, antes mesmo da fundação do Estado de Israel em 1.948 – vem promovendo uma limpeza étnica do povo árabe na palestina, inclusive por meio de guerras.
A chamada da “Globonews” anunciava a entrevista fazendo menção à referida obra de Ilan Pappe segundo a qual “ajuda a entender os recentes acontecimentos na faixa de Gaza”.
Pois bem.
Muito conveniente essa reprise da entrevista com o marxista israelense Ilan Pappe em um momento em que Israel incursionava em Gaza – conveniente, é claro, para os padrões de um jornalismo tendente a manipular a opinião pública.
Nessa senda, irônico é o fato de Karl Marx, também de ascendência judaica, depois de defecar o comunismo, aduzir que o fez para se vingar de Deus e do seu povo (mais conhecido como povo de Israel). Com efeito, servindo ao propósito de o seu ideal, o comunismo exterminou, em todo o mundo, mais de duzentos milhões de vidas humanas! Ilan Pappe, como político do partido comunista israelense - Hadash, não conseguiu introduzir, nos anos 90, o marxismo em Israel – fato que o frustrou a ponto da psiquiatria e, agora, procura vingar-se de Israel e do seu Deus por meio de burlesca ideologia conhecida como “revisionismo” – ala excêntrica esquerdista que se propõe a “desmistificar” fatos históricos e reinventá-los, ou melhor: interpretá-los a seu bel prazer, é claro.
Ideologia esquerdista? “Sim senhore, positone”.
Eis ai o venezuelano Hugo Chaves e a revisão (reinvenção) da história da América Latina pelo tal
bolivarismo!
Mas, é tão distorcido e contraditório o revisionismo do marxista judeu Ilan Pappe que ele não foi capaz de explicar na entrevista que concedeu a Globo como é que a população ÁRABE ISRAELENSE sói cresce no estado de Israel: árabes comerciantes; árabes padeiros, árabes joalheiros, árabes donas de casa, árabes professores, árabes cientistas, árabes músicos, árabes engenheiros, árabes advogados, árabes médicos, enfim e que convivem com o cidadão israelense judeu, harmoniosamente, dentro do território de Israel!
Ora, para quem (Israel) quer fazer e “sempre fez” “uma limpeza étnica” (da população árabe)
segundo o revisionismo de Ilan Peppe, muito estranho não é mesmo?
Aliás, reflexo dessa crendice absurda e risível do revisionismo foi visto no “Manhattan Connection” (GNT da rede Globo), ocasião em que o jornalista Lucas Mendes chegou ao cúmulo de ponderar se os mísseis qassam não seriam preparados e disparados pelo próprio mossad (serviço secreto israelense) contra o próprio territorio de Israel a fim de justificar o ataque na faixa de Gaza por motivos eleitoreiros... Tal disposição de torcer os fatos foi de pronto rechaçada pelos outros comentaristas, ainda bem para a história!
Só faltava essa!
Mas o revisionismo é isso aí, tão aberrante quanto à ideologia que o sustenta. Tendente a acreditar em papai Noel.
É preciso ser honesto e deixar de transferir a Israel uma responsabilidade que não é sua! O povo árabe palestino foi quem conduziu o Hamas ao governo de Gaza! Escolha do povo palestino! Ele próprio o fez! Se os palestinos desejam de verdade a paz, já passou da hora de promovê-la, não acha Willian Waack?
Este jornalista propôs-se a responder a questão do “o quê”, afinal, seria agir de forma proporcional por parte de Israel, já que a pregação da imprensa era a de que a IDF - Israel Defense Force estava usando força desproporcional em Gaza.
Pois bem. Se a saída em relação ao Hamas (que tem como fundamento de governo a extinção de Israel) não é a militar e sim a política, você não acha Willian, que o povo palestino, ele próprio, precisa lançar mão dela (política) diante do seu governo, o Hamas? É que transferir para Israel tal tarefa é mesmo muita leviandade.
Lamento a perda de vidas, inclusive de crianças palestinas. A cena daquelas cinco irmãs mortas é mesmo de fazer chorar e é, de fato, uma perda terrível e muito preocupante. Agora, o governo palestino do Hamas deveria prezar pela vida dos seus concidadãos e estes, por sua vez, verificarem que governo almejam.
Por outro lado, impensável minimizar os efeitos dos mísseis qassam sobre os israelenses!
Mas, retornando diretamente a Ilan Pappe, outra frente distorcida do revisionismo é o pacifismo.
Eu disse pacifismo e não o exercício da paz!
O exercício da paz e o pacifismo são coisas antagônicas.

O pacifismo propõe o automartírio de uma nação pelo fato de ser mais forte do que a outra que lhe ataca! Coloca de joelhos o mais forte diante do mais fraco em nome de uma paz alijada, capenga.
Excêntrico e confuso, mas é isso mesmo que o pacifismo é!
Israel possui um povo organizado que ama estudar, que ama a liberdade, que trabalha e desenvolve tecnologia de ponta, e que por amar a paz desenvolveu poderosa tecnologia militar. Um povo que combate de verdade a corrupção.
Já o “fatah” palestino, corrupto, desvia as milionárias “ajudas” estrangeiras para o seu deleite pessoal, cujos membros residem em mansões, viajam para o exterior, mantém vultosas contas bancárias lá, desfilam em limusines em detrimento do seu povo que vive em estado de miserabilidade.
O Hamas, por sua vez, arma-se até os dentes, pouco se lixando para o pescoço de suas crianças e suas mulheres. Aliás, o seu líder morto pela aviação de guerra israelense, à época do conflito, Nizar Rayyan, confirma esse fato ao gerar filhos para incitá-los, covardemente (ele mesmo não ousou fazê-lo), a explodirem-se em meio a civis israelenses como homens bombas, caso que ocorreu com um dos seus filhos.
Mas eu não vejo a globonews trazer “especialistas” para falar dessa ideologia Hamas que é o considerado o “fraquinho” no conflito. Também nada diz a respeito dos “casamentos” entre marmanjos árabe-palestinos e menininhas de seis anos de idade e assim vai...
Então, Israel deveria ter sido colocado de joelhos por ser o mais forte e suportar os mísseis atirados contra si, afinal, como bem lembrado por Lucas Mendes tais mísseis acertam as pessoas só de vez em quando!
No Sudão vimos os pacifistas agitarem bandeiras brancas e o povo de Darfur dizimado cruelmente e ainda estão sendo. A imprensa? Que nada! Bandeiras brancas bem hasteadas!
Em 1993, na Somália, enquanto agitavam os pacifistas as suas bandeiras brancas, Mohamed Farrah Aidid ria e massacrava o povo com a sua milícia. Quando Clinton, enfim, resolveu agir militarmente, os pacifistas bradaram e hastearam as suas bandeiras brancas pedindo “um cessar fogo imediato” das tropas americanas...
Pera ai. Deixa-me entender: contra a agressão armada bandeiras brancas, é isso? As tropas americanas, melhores armadas, jamais poderiam insurgir-se contra a maltrapilha milícia de Aidid e o melhor a fazer seria acenar bandeiras brancas para ela não é; mantendo-se o estado caótico de coisas criado pela milícia?
Agora sim dá para entender o seqüestro da menina Eloá no Brasil: eliminar Lindemberg, como por diversas vezes teve a chance a polícia militar seria atentar contra o pacifismo; logo, o melhor mesmo foi deixar a garota morrer nas mãos do facínora, seu algoz, mantendo-se o estado caótico de coisas criado por ele mesmo.
Ah! E o sequestro daquele ônibus no Rio de Janeiro em que o bandido matou a refém – tem até filme brasileiro a respeito – exterminá-lo seria uma tremenda desumanidade, o certo mesmo foi manter o estado caótico de coisas criado pelo próprio marginal e a vítima seqüestrada pagou o pato, Certo? Certíssimo na visão do pacifismo!
Mas não é só.
Outro ponto de vista revisionista, bem atual, é o de atribuir à ofensiva israelense no sul do Líbano em 2006, como sendo “um fracasso total” a fim de desacreditar a operação militar em “Strip Gaza”. Contudo, depois do término da ofensiva contra o Hezbollah nunca mais ele lançou um misseozinho sequer no território israelense como vinha fazendo antes da ofensiva de 2006!
Pretender “revisionar” um passado distante vá lá, mas os fatos ocorridos no ano de 2006 são muito recentes para iniciar uma distorção!
Portanto, senhores da imprensa, não dá mesmo para induzir toda e qualquer opinião. Vão devagar. É horrível a guerra? Sim, é. A paz deve triunfar? Imediatamente.
Agora, tentar incutir a idéia de que os judeus querem proceder a uma limpeza étnica na palestina com base no revisionismo ressentido de Pappe é mesmo demais.
Eli-Ezer Emess

Um comentário:

  1. Mais de 4 milhões de refugiados palestinos espalhados por todo mundo sem poderem voltar para casa. Isso é um mito? Ou eles resolveram sair da Palestina e deixar a terra livre para os amigáveis judeus que não tinham onde morar em 1948? Quem é você? O que estuda? O que lê? Ainda assiste TV? Em pleno século 21? Você tem pelo menos ideia de onde está se metendo com esses comentários? Sou brasileiro e o mais perto que estive da Palestina foi Paris, em uma confortável viagem de turismo. Quem são os mais de 4 milhões de refugiados palestinos? Por que eles não têm nem passaporte palestino. Você poderia me dizer? Ou poderia me fazer a gentileza de perguntar à suas fontes sionistas tão seguras. Me perdoe a franqueza, mas você realmente não tem a menor ideia do que está falando. Ao menos, antes de responder com o cinismo do seu post, me aponte fontes confiáveis para o que você alega. Eu não me importo em concordar com você se apresentar fontes seguras. Apenas uma observação: "nova história" não é uma proposta de rever fatos históricos. Leia sobre o que realmente significa "nova história", um termo criado por Jacques Le Goff e outros historiadores na França nos anos 70: trata-se de quebrar a tradição de escrever história sob a ótica dos "grandes homens" vencedores, e escrevê-la sob o ponto de vista do vencido, do oprimido, e assim por diante (não vem ao caso detalhar conceitos). E mais um conselho que se você for inteligente deve levar em consideração: não use ironias para tratar de assuntos de tal relevância.

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